Filippo Bruno nasceu em Nola (próximo a Nápoles) por volta de 1548. O
nome Giordano foi lhe dado quando ingressou no convento São Domingos, onde
também foi sagrado sacerdote em 1572. Desde cedo tendo problemas com seus
superiores no monastério, Giordano foi acusado de heresia, obrigado a fugir
pela Itália e ainda viajar pela França, Suíça, Alemanha e Inglaterra.
Na Universidade de Oxford,
ministra aulas de cosmologia, atacando o sistema aristotélico. Por conta disso,
foi protagonista de várias discussões e acabou abandonando a
universidade, rumando para a França logo em seguida, onde, após um debate
público no colégio Cambrai, foi ridicularizado, atacado fisicamente e,
finalmente, expulso do país por suas idéias contraditórias. Ou seja, o cara só
arrumava treta.
Pelos cinco anos
seguintes, passou por diversas cidades, iniciando seus projetos de escritor e
criando obras sobre cosmologia, física, magia e a arte da memória. Até
demonstrou, mesmo que erroneamente, que o Sol tinha um tamanho superior ao da
Terra.
Voltou para Veneza
em 1592. Neste mesmo ano, Mocenigo, que foi quem o
convidou a retornar, se decepcionou com Giordano, pois desejava que ele lhe
ensina-se a arte da magia, com a finalidade de adquirir, através dela, riquezas
e poder. Como Giordano se recusou a ensiná-lo, Mocenigo o trancou em um quarto
e o denunciou ao Tribunal da Inquisição. Giordano foi, assim, acusado de heresia uma segunda vez. As
principais acusações eram:
– Defender a tese do astrônomo alemão Johannes
Kepler (imagem) de que a Terra girava em torno do Sol.
– Defender o uso da magia.
– Defender que Jesus Cristo não fez milagre algum e sim magia.
– Pregar que todos progrediam, sendo que até os demônios eram salvos.
– Acusar a Igreja de promover a ignorância de seus fiéis, para que estes permanecessem como “asnos”.
– Defender o uso da magia.
– Defender que Jesus Cristo não fez milagre algum e sim magia.
– Pregar que todos progrediam, sendo que até os demônios eram salvos.
– Acusar a Igreja de promover a ignorância de seus fiéis, para que estes permanecessem como “asnos”.
Bruno
foi alvo de várias tentativas de abdicar de suas idéias. Tendo todas elas
falhado, o filósofo foi condenado à fogueira em 16 de fevereiro de 1600. Segundo
alguns historiadores, teria dito, antes, aos seus algozes a seguinte frase: “Vocês
pronunciam esta sentença contra mim com um medo maior do que eu sinto ao
recebê-la”.
Qual o medo da Igreja? –
Bruno defende a infinitude do universo,
como um conjunto dinâmico que se transforma continuamente, do inferior ao
superior, e vice-versa, num movimento constante, por ser tudo uma só e mesma
coisa, como manifestação da vida infinita e inesgotável. Como o universo,
também Deus é infinito, sendo-lhe imanente e transcendente ao mesmo tempo, sem
nenhuma contradição, pois os opostos acabam por coincidir no infinito.
Para Bruno, o universo é uma coisa viva, todo ele regido por uma mesma lei, sendo Deus a mônada das mônadas (espécies de átomos orgânicos e viventes), que compõem o organismo do mundo. Deus está presente por toda parte, como poder infinito, sabedoria e amor, cabendo aos homens adorar toda essa infinitude com entusiasmo, numa unidade das crenças religiosas, além de qualquer dogma positivo.
Para Bruno, o universo é uma coisa viva, todo ele regido por uma mesma lei, sendo Deus a mônada das mônadas (espécies de átomos orgânicos e viventes), que compõem o organismo do mundo. Deus está presente por toda parte, como poder infinito, sabedoria e amor, cabendo aos homens adorar toda essa infinitude com entusiasmo, numa unidade das crenças religiosas, além de qualquer dogma positivo.
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