segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Resenha: A Culpa É das Estrelas

Título: A Culpa É das Estrelas (The Fault In Our Stars)
Autor: John Green
Páginas: 283
Sinopse: Em "A culpa é das estrelas", Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.


 
Como começar a falar desse livro? Bom, é clichê, então, se você gosta de suspense e de não adivinhar tudo o que vai acontecer a cada início de capítulo, NÃO LEIA. E também, apesar disso, acho que eu nunca chorei tanto lendo um livro; não sei se é por que li num dia em que estava especialmente sensível, ou se o livro é triste mesmo, ou se realmente tem um coração batendo dentro de mim (éca!).
  O Augustus é apaixonante: ele é bonito, engraçado, razoavelmente inteligente, gosta de metáforas. Ele não é perfeito, mas com certeza é o tipo de garoto que, se existir, eu me apaixonaria. E é isso que tornou o livro sofrível pra mim; não só por causa dele, mas também pelo amor que ele compartilhou com a Hazel (que, aliás, é uma personagem com personalidade, mas não muito... muito... sei lá, não tem aquele 'algo a mais', entende?). Quero dizer, não é um amorzinho adolescente, é uma coisa bonita de verdade que, se não fosse pela condição dos dois (o câncer) poderia durar para a vida toda. E, o Augustos também tem uma coisa, um medo na verdade: medo de ser esquecido. E por isso eu me "identifiquei" com ele; claro, ele é quase obsessivo, mas quem não queria ter uma vida extraordinária? Quem não queria ser lembrado, morrer ou viver por alguém? Não é sempre que eu penso nisso, mas às vezes eu queria ser especial; não especial pra minha mãe ou meus amigos, mas especial de verdade (sim, sou egoísta, foda-se).
   Green conseguiu fazer com que a primeira metade do livro fosse engraçado de certa forma, através de alguns pensamentos da Hazel (que são todos sobre morte, mas é engraçado). E, claro, tem a morte. Eu penso nisso todos os dias quando acordo, mas esse livro me fez pensar também: nossa vida é só um cisco no Universo e nós podemos morrer a qualquer momento. Nós não somos importante, não seremos lembrados; quando morrermos apenas vão ter mensagens um tanto hipócritas em nossas redes sociais. Vamos viver essa vida e é só (pelo menos, essa é a minha crença). 
   E tem a doença. A dor. digo, todos acham que quem fica doente luta bravamente, acorda todos os dias dizendo "nossa, hoje é um dia feliz, vou lutar contra tudo isso e ficar bem". NÃO! Ninguém que tenha ficado doente em são consciência pensaria isso; você quer mais é morrer, quer esquecer que um dia nasceu. Ninguém luta contra a doença bravamente, é uma ilusão ridícula pensar que isso é sequer provável (possível, talvez, mas não provável). "O mundo não é uma fábrica de realizar desejos."
   Eu não costumo dizer se um livro é bom ou ruim. Eu gostei de 'A Culpa É das Estrelas'. É bobo, é clichê, me fez chorar com coisinhas meio ridículas. Mas me conquistou de verdade, e eu recomendo. Como disse meu querido Markus Zusak - "Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais."

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